Não é de hoje que o cidadão brasileiro minimamente consciente percebe que o atual mandatário do cargo máximo do Executivo Nacional, o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), ainda não se deu conta dos protocolos e das complexidades inerentes à sua posição. Ou talvez pior, que muito possivelmente não tenha definitivamente as condições necesarias para sair de sua retórica eleitoral, baseada em disseminar fake news, perseguir grupos minoritários e ao enfrentar questões complexas, manejar piadas e frases engraçadas como saída, principalmente quando se trata de economia.
Não é de hoje que o cidadão brasileiro minimamente consciente percebe que o atual mandatário do cargo máximo do Executivo Nacional, o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), ainda não se deu conta dos protocolos e das complexidades inerentes à sua posição. Ou talvez pior, que muito possivelmente não tenha definitivamente as condições necesarias para sair de sua retórica eleitoral, baseada em disseminar fake news, perseguir grupos minoritários e ao enfrentar questões complexas, manejar piadas e frases engraçadas como saída, principalmente quando se trata de economia.
Diante de um dólar que atinge seu recorde histórico diariamente, de uma economia que apresenta projeções de crescimento baixas desde antes da pandemia -vale lembrar do anúncio que seria feito sobre a redução do crescimento da economia e da previsão de crescimento, Bolsonaro e sua pífia equipe econômica seguem a fantasia diária de vender ilusões de melhora econômica com a aprovação de reformas socialmente injustas, que apenas aumentam a precariedade dos trabalhadores e não resultam em nenhuma melhora efetiva, como o fracasso nesse sentido da reforma trabalhista demonstrou. Em outras áreas, o governo segue em sua "explosiva imobilidade destrutiva": conjunto de pautas-bomba, políticas de desmonte do aparato do Estado, mas ao mesmo tempo uma incapacidade em definir suas novas diretrizes, com constantes polêmica e nomeações que se consolidam em indefinições de atuação e cortes de gastos públicos em áreas já socialmente precárias e afetadas.
Além disso, o governo segue restringindo os dados de acesso público e empreendendo uma batalha com os jornalistas, cujo ápice foi o convite de um humorista nacionalmente conhecido para atuar como o presidente em uma conferência de imprensa: saiu do automóvel oficial vestido à caráter, distribuiu bananas e fez piadas às perguntas dos presentes que em poucos minutos evadiram o local.
Sem embargo, a situação é agora mais grave. Com a confirmação de infecção de vários ministros e políticos próximos ao presidente, que ignorou a pandemia e os primeiros casos de pessoas próximas que haviam se infectado após a comitiva para os EUA e o encontro com Trump, Bolsonaro irresponsavelmente manteve seu apoio às manifestações públicas de caráter antidemocrático que haviam sido convocadas por seus apoiadores mais radicais para o último dia 15. Não o bastante, durante o domingo, Bolsonaro passou o dia publicando em suas redes fotos e vídeos destas manifestações, que chegaram inclusive a questionar o vírus como uma armação "antibolsonarista, e distribuiu abraços, cumprimentos e selfies aos manifestantes que se aglomeravam em frente ao Palácio do Alvorada, contrário a todas as medidas da OMS e de seu próprio Ministério da Saúde. Quando questionado pelos meios de comunicação, nateve sua posição e afirmou haver uma histeria coletiva em torno ao vírus.
Frente a essa posição, ocorreram pelo país não apenas panelaços de protesto, mas um próprio pedido de impeachment assinado por mais de quarenta intelectuais brasileiros e protocolado hoje na Câmara dos Deputados. É um importante ato de responsabilidade social e política em um momento de pane social e medo, no qual um governo potencializa ainda mais esses elementos de dúvida e pavor e esquece daqueles que mais necessitarão de auxílio e que, por muitas vezes, até no candidato votaram. Ao preferir piadas, fake news e frases de efeito do que a saúde de seus cidadãos, Bolsonaro brinca com a vida frente ao iminente caos. É um importante momento de pedir colaboração e apoio social da comunidade internacional, pois os dados do COVID19 no Brasil estão acelerados tanto quanto ou mais que o caso italiano.