Case todos admitimos que os falantes de galego e português têm capacidade de perceber-se, falam línguas muito similares. Tive ocasião de aproveitá-lo durante os 12 anos que fui responsável pela presença do Banco Pastor em Portugal, através de uma filial especializada em fornecer crédito ao consumo a clientes de comércios e empresas de serviços. Case todos os meses passava um par de dias na central do Porto. Desde o princípio, empreguei o meu galego, aportuguesado, com clientes, parceiros, empregado, conselheiros, assessores e autoridades bancárias. A equipa humana era local, tomavam-me como um mais e falavam-me com naturalidade na sua língua. Devo acrescentar que, graças a esse contacto periódico, melhorei muito o domínio de um idioma que não é a minha língua materna.